sábado, 9 de outubro de 2010

Marinha

André Caixeta Colen

Segue o navio e com ele o marinha,
rastro arcado em nuvens d’águas.
Deixa marcado a espuma das lembranças,
inexoravelmente perfaz a linha.
Larga aos mares as saudades das partidas,
vai a busca das aventuras de novas descobertas,
turbilhona as névoas de amores com suas hélices,
desloca sabores dos beijos,
ascende a chama da vontade de retorno.
Mas se faz preciso ser navio, ser marinha.
Sê-los é nunca parar .
É sempre cumprir o arco
vez ou outra,
contudo
voltar ao porto dos amantes.
Até que deixe de ser navio
ser marinha
e seja, apenas, amor.

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