quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Menininha

André Caixeta Colen

Teu sorriso fácil
Aquele jeitinho de moleca
Chega de fininho
Como quem não quer nada

Às vezes esbraveja
Diz que sou bobo
Franze a cara em reprovação
Aponta o dedinho e diz:
“Não pode Dedé!”

Esta menininha que amo tanto
Que corre tanto
Pede-me abraço
Mas é ela quem me dá tanto carinho.

Ela quer sempre subir na cama
Olha com cara de pidona e diz:
“Tira meu sapatinho Dedé!?”
Pula enlouquecida, divertindo-se

Divirto-me com ela
A vejo descobrir o mundo
Faz-me redescobri-lo
Renova-me o gosto pela vida.

Ah Menininha!
Amo-te tanto
Adoro tua risada
Teu jeitinho arisco

Ela pede:
“Brinca comigo Dedé!?”
Digo: “Agora não posso!”
Ela me abraça
Passa mão pelo meu cabelo
Olha fixamente os meus olhos e diz:
“Brinca comigo Dedé!?”
Cedo, sempre e mais uma vez.

Ah Menininha!
O que falar
O que expressar
Ah teus olhos!
Teu Olhar!

Aqueles olhos inocentes
Teu olhar escancarado
Devassa, despe, despedaça
Derrete o mais frio dos corações

Te amo Menininha!
Mesmo que em português errado
Você não liga para isso.
Você só liga para o que sou.
Eu só ligo para o que você é:
“A Menininha que amo tanto!”

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