sábado, 9 de outubro de 2010

Desabafo

André Caixeta Colen

Não procuro mais a dor que jaz em mim
não a acalento mais, não conto estórias para ela dormir
cansei dessa dor chata e morrinhenta.
Larguei-a de lado como uma criança que enjoa dum brinquedo
quero mais é abrir meu sorriso para as gentes,
mostrar que posso, sou e vou ser feliz, hoje e sempre.

Continuo a sonhar, batalhar pelo que quero,
o que não quero jogo fora.
Chega de guardar quinquilharias de estórias que se foram.
cacos de memórias que me atormentam noite afora.
Não procuro mais a dor que jaz mim
Eu sou o meu dono e o meu destino quem traça, sou eu.

Chega de pseudofatalismos, destino, maktub.
Chega dessa merda inventada para justificar o acaso.
Minha vida é minha, de mais ninguém.
E é por isso que digo:
“Não procuro mais a dor que jaz mim”
Não haverá o destino
eu faço agora minhas oportunidades.

Que venham as conseqüências de meus atos.
Viva a causa e o efeito.
Semearei tranqüilidade, paz e amizade
quem sabe assim eu colha novo amor, nova oportunidade
talvez renasça a esperança perdida, enfim.
Agora sou aquilo que quero ser
não o que os outros esperam que eu seja.

Não procuro mais a dor que em mim estava.
E como diria Snoopy em uma mensagem bestial de cartões Hallmark:
“As críticas não me abalam;
os elogios não me iludem,
sou o que sou não o que dizem!
Vivo o presente,
temo o futuro
e foda-se o passado.”

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